sexta-feira, 31 de outubro de 2008

É saudade

E isto que sinto é saudade!
Do cheiro e do toque teu
Do sorriso doce e sincero
Da simplicidade que tornas o mundo com teu olhar

É saudade! Quanto ouço no rádio uma música qualquer
E as lembranças pulsam, voam, inebriam
Levam para longe meus pensamentos
Enchem a casa de ti

É saudade, a dor que sinto no peito
Do riso solto e inocente
Dos nossos beijos envolventes
Do olhar que é só teu

É saudade, a falta que sinto da tua boca cor-de-rosa
Dos carinhos tímidos
Do abraço forte
Já não sei o que fazer, só sei q é saudade!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tarde

Se você voltasse, depois desta longa jornada
Seria capaz de dizer em quê eu estive mudada
A rotina perigosa, o humor pouco amigável
As ondas de raiva e paixão
O estranhamento com a casa
Os olhares, a contemplação
Mas do que estamos falando?
De um tempo que já não existe mais
Da idéia e sonhos que tinha
E sei que não voltam mais
Lembras daquela canção?
Pois é... o tempo esgotou-se
A canção já não toca mais
Indescritivelmente o cheiro permaneceu
É impressionante como o cheiro fica
mesmo quando as pessoas se vão
Outra escolha, outra morada, outra vida
Novos planos,
Ou apenas Solidão

Cansaço

A tristeza do tédio
Das falas sem paixão
Sem o impulso que nos leva a viver
E lutar por tudo que se quer
O cansaço após um longo tempo de férias
Um cansaço até de pensar em qualquer coisa
E que coisas haveria pra pensar?
Não era tudo igual?
Todos os homens, todos os momentos
Todas as teorias que em vão construí
Todos... todas...
Cansaço de ter cansaço
De tudo ser igual, sem cor ou cheiro
Sem a magia que outrora tinha
Liberdade? É uma senhora anciã.

Nostalgia

Nostalgia é uma arte
Canções flutuando no espaço
Lembranças daquelas tardes
Teus braços apoiados na janela
Teu sorriso alegrando a passagem
E nada mudou a paisagem
Que carrego guardada na memória
Dos zelos, desmazelos
Tuas mãos nos meus cabelos.
O mais é paixão
Mais do ontem que de agora

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Resposta ao tempo

Bates na porta, ó tempo
Que queres?
Olhas o que causas...
Vê que disfizestes laços
Ganhastes pelo cansaço.
Não devias maltratar assim
os que da vida só querem o amor
Não penses ser isento de tudo
Pois sei que um dia já se apaixonou
Como te queria aqui, amor
Longe de ti, bate devagar meu coração
As notícias as mesmas...
as novidades, já velhas
E o cheio de orvalho e jasmim
enchem a casa inteira
Faz frio cada centímetro
Que me distancia de ti
E como são longas
essas tardes e noites e manhãs
sempre que acordo longe de teus abraços
Sabes, a saudade cresce
E o coração fica mais e mais espremido
Neste peito que é tua morada
Que fazes que despertas tais sentimentos
De tal forma que sufoca tua amada?
Se é o tempo ou a distância
que teima em nos afastar
Saiba que embora seja grande
a dor, pesar, saudade
Quero-te, amo-te
E já não estás longe,
pois moras em mim.

Estação

É noite, estamos na estação.
Comentas a última notícia do jornal
As malas ao meu lado
não te parecem significar algo
O trem apita, logo é hora...
Levanto, respiro fundo.
Vejo passarem todos os nossos minutos juntos
Serás que não vês que estou partindo?
Uma lágrima não se contêm
E desliza devagar pelo meu rosto
Parto dizendo adeus
Sorris, e enquanto caminho dizes:
"Até logo..."

Até Quando?

Foges de mim cada vez que te vejo
Tento em vão sustentar-te
Como se fosses água em minhas mãos
Esgorregas mesmo com todo o meu esforço
Vais... vais pra longe...
De mim, de ti, de nós...
Vais... e deixas aqui o imenso vazio de tua ausência
Quimera de sensações
Possibilidades nunca tentadas
Foges e eu me pergunto:
Até quando?

Mas...

Felicidade... falsa ilusão
Miragem a confundir cansados andarilhos
Oasis perdido em algum deserto de emoções
Um dia, perdido, acho-te
Atraido pelo canto da sereia
Hei de afogar-me em teus rios de verdade fresca

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A flor e a mariposa

Tua boca carnuda e cor-de-rosa
em meus lábios pousou como mariposa
Doce nectar de amor retirava
embriagava o meu ser, me deixava tonta
Tornaste-te na minha vida vital como o ar
Imprescindível como o alimento
Da felicidade fizeste-me provar
num mar de amor e devaneios mergulhar
Tornar-me parte de ti
E finalmente como flor vou voar
Nas asas do amor que fizestes pra mim