sábado, 24 de fevereiro de 2007

Folhas ao vento

Como as folhas trazidas ao vento
De repente me aparecem as palavras
Que parecem soltas, dispersas,
Voando livres e desencontradas.
E corro a tentar alcançá-las,
Colhendo-as, recebendo-as...
únicas... leves...
Que se juntam e se repelem,
Formando um todo, um só.
Reunindo suas belezas
Compartilhando o que há em si de melhor.
Mas de onde vem essas palavras
que me trouxera o vento?
Por quem foram sopradas?
Vagam a quanto tempo?
A espera de alguém que as junte
De peito aberto, mão delicada
E que possa pouco a pouco
Com muita paciência e calma
De certa forma encaixá-las
Que pareçam, elas mesmas,
Possuidoras de alma.

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